O que é a Deficiência de Alfa-1-Antitripsina (DAAT)? 

O DAAT não é, por si mesmo, uma doença, mas sim uma condição genética que é transmitida de pais para filhos e que aumenta o risco de desenvolver doença no pulmão e fígado. As pessoas afetadas apresentam níveis baixos no sangue da proteína alfa-1-antitripsina (AAT). 

Quando suspeitar? 

  • Alterações persistentes das enzimas hepáticas  
  • Doença hepática (no fígado) desde o nascimento 
  • Asma de difícil controlo apesar de tratamento adequado e garantia de cumprimento do mesmo 
  • Pneumotórax espontâneo 
  • Bronquiectasias ou enfisema pulmonar, detetados em exames de imagem 

Como diagnosticar? 

  • Análise de sangue para quantificar o nível de AAT 
  • Análise genética para determinar qual o tipo de alteração genética   

As diferentes alterações genéticas têm as mesmas manifestações? 

Não, o seu médico irá esclarecer qual a alteração genética presente no seu filho e qual a alteração clínica que poderá ser mais frequente.  

Quais as consequências futuras? 

  • Cirrose e insuficiência hepática 
  • Enfisema pulmonar – destruição dos alvéolos pulmonares 
  • Bronquiectasias – “cicatrizes pulmonares” 

Habitualmente as manifestações hepáticas são mais precoces que as pulmonares. 

Quais as medidas preventivas? 

  • Evitar exposição ativa ou passiva ao fumo de tabaco 
  • Evitar consumo de álcool ou outros agentes agressores hepáticos 
  • Manter alimentação equilibrada, principalmente rica em antioxidantes, que se encontram nos vegetais (frutas e hortaliças frescas)  
  • Estimular a prática de exercício físico 
  • Evitar excesso de peso e obesidade 
  • Evitar, ou tratar precocemente, infeções respiratórias 
  • Cumprir todas as vacinas aconselhadas pelo médico 

Posso ter outro filho com DAAT? 

Sim, e por isso, deve ter aconselhamento genético antes de uma próxima gravidez. 

Informação elaborada pelo Serviço de Pediatria do Hospital de Braga

FI.PED.041