O que é?
A mucosectomia é uma técnica terapêutica endoscópica que permite a remoção de lesões das camadas superficiais do tubo digestivo. Estas lesões costumam ser pólipos de grandes dimensões, lesões pré-malignas ou cancros precoces, evitando assim a necessidade de intervenção cirúrgica para o seu tratamento.
Comparativamente com a polipectomia endoscópica, na mucosectomia o plano de remoção da lesão na parede do aparelho digestivo é mais profunda e as dimensões das lesões a remover são maiores, pelo que esta técnica é mais demorada na sua execução. Além de ansas de polipectomia são usados outros instrumentos de trabalho tais como agulhas para injecção submucosa por forma a facilitar a remoção segura e total das lesões encontradas. Em alguns casos é possível remover a totalidade da lesão num único fragmento, noutros casos só é possível a remoção em vários fragmentos e noutros pode não ser possível de todo a retirada da lesão.
Preparação para a mucosectomia:
A preparação para uma mucosectomia poderá exigir apenas jejum no caso de lesões do esófago, estômago ou duodeno, ou em alternativa preparação de limpeza intestinal no caso das lesões do intestino grosso.
Se o exame for executado sob anestesia poderá precisar de uma consulta com um médio anestesista e de exames complementares tais como análises ou ECG.
Visto que o risco hemorrágico é elevado a suspensão de medicação anticoagulante (ex: varfarina, ribaroxavano, dabigatrano, acenocumarol…) ou antiagregante (aspirina, ticlopidina, clopidogrel, ticagrelor, triflusal…) pode ser necessária, portanto deverá informar o médico acerca da medicação que toma regularmente.
Complicações e riscos:
Os principais riscos associados à técnica são a hemorragia (5%) e a perfuração (1 a 2%), que na maioria das ocasiões se resolvem durante a endoscopia. No entanto, em casos raros uma intervenção cirúrgica urgente pode ser necessária assim como transfusão sanguínea em hemorragia massiva.
A mortalidade associada a este procedimento é inferior a 0,1%.
Nota: Caso o seu exame seja realizado sob sedação anestésica tem de vir obrigatoriamente acompanhado.
Informação elaborada pelo Serviço de Gastrenterologia do Hospital de Braga
FI.GASTRO.054
